segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os nossos soldados na I Grande Guerra - a freguesia de Alfeizerão

Ilustração do Capitão Menezes Ferreira
(in João Ninguém, soldado da Grande Guerra - Impressões do C. E. P., composto e impresso nas Oficinas dos Serviços Gráficos do Exército em 1921)


NOME: António dos SANTOS
TEATRO DE GUERRA: França
PLACA DE IDENTIDADE: 26238
NATURAL DE: Vale de Maceira, Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins     Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa 30
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/30

(desenho do Capitão Menezes Ferreira)

NOME: Francisco Joaquim CAETANO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: Soldado
COMPANHIA: Corpo de Artilharia Pesada (C. A. P.)
PLACA DE IDENTIDADE: 44857
NATURAL DE: Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 48
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/48/44857


NOME: Joaquim dos Santos BERNARDES
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado
PLACA DE IDENTIDADE: 37287
NATURAL DE: Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, nº 40
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/40/37287

NOME: Joaquim PEREIRA JÚNIOR
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado
COMPANHIA: Companhia de Artilharia Pesada (C. A. P.)
PLACA DE IDENTIDADE: 38171
NATURAL DE: Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 41
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/41/38171


NOME: José António
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado
PLACA DE IDENTIDADE: 66129
NATURAL DE: Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 70
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/70/66129


NOME: Alberto Gomes CABAÇO
TEATRO DE GUERRA: França
COMPANHIA: CALP. - designação francesa do CAPI ou Corpo de Artilharia Pesada Independente, e que era a sigla para Corps d'Artillerie Lourde Portugaise
POSTO: 1.º Cabo
PLACA DE IDENTIDADE: 35146
NATURAL DE: Casal da Ponte, Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 39
CÓDIGO DE REFERÊNCIA:PT/AHM/DIV/1/35A/2/39/35146




NOME: José da SILVA
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado
COMPANHIA: Corpo de Artilharia Pesada (C. A. P.)
PLACA DE IDENTIDADE: 37699
NATURAL DE: Vale de Maceira, Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 41
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/70/66129

NOME: Manuel BERNARDO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado (no Grupo de Companhias da Administração Militar)
PLACA DE IDENTIDADE: 29641
NATURAL DE: Alfeizerão
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 33
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/33/29641

NOME: António PAULINO
TEATRO DE GUERRA: Moçambique
POSTO: soldado
UNIDADE: Regimento de Artilharia de Montanha
PLACA DE IDENTIDADE: 396
NATURAL DE: Alfeizerão
DATA DA MORTE: 14 de Março de 1917
CAUSA DA MORTE: paludismo
LOCAL DE SEPULTURA: desconhecido
FONTE NA WEB: projeto Memorial aos Mortos na Grande Guerra (Ministério da Defesa/Arquivo Histórico Militar)


NOME: Adelino ESTÂNCIO DOS SANTOS
TEATRO DE GUERRA: Moçambique
POSTO: 1.º Cabo
UNIDADE: Regimento de Artilharia de Montanha
PLACA DE IDENTIDADE: 33
NATURAL DE: Alfeizerão
DATA DA MORTE: 14 de Outubro de 1917
CAUSA DA MORTE: disenteria
LOCAL DE SEPULTURA: Chomba
FONTE NA WEB: projeto Memorial aos Mortos na Grande Guerra (Ministério da Defesa/Arquivo Histórico Militar)


NOME: António DUARTE
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado
COMPANHIA: 1ª Companhia
UNIDADE: Infantaria 7
PLACA DE IDENTIDADE: 07128
NATURAL DE: Mosqueiros, Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: ____ e Donália (?) dos Santos
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 15 de Outubro de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Presente no D. D. 1 em 6 de Abril de 1918, seguiu para Portugal a fim de ser repatriado em 23 de Julho de 1918. Noventa dias de licença para convalescer, em sessão do dia 1, confirmada em 3/7/1918. Abatido ao efetivo do D. D. 1 com passagem ao batalhão de Infantaria 12, em 24 de Fevereiro de 1919
NOTA: O D. D. 1 é a sigla de Depósito Disciplinar.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUALArquivo Histórico Militar, Boletins Individuais dos Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 8
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/08/07128


NOME: António MACHADO
TEATRO DE GUERRA: França
Posto: soldado servente nº 577
COMPANHIA OU UNIDADE: 3º G.B.A. [Grupo de Baterias de Artilharia]
PLACA DE IDENTIDADE: 05144
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Loduvina das Dores Machado, residente(s) em Alfeizerão
PAIS: José Machado e Maria Gertrudes
EMBARQUE: 21 de Março de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 22 de Dezembro de 1917
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL
Baixa a Ambulância em 17 de Junho de 1917, Alta em 5 de Julho. Presente na unidade em 12, Baixa ao Hospital em 23 de Janeiro de 1918. Alta em 6 de Fevereiro com 10 dias para convalescer. Licença de campanha por 53 dias com princípio em 19 de Julho 1917. Abatido ao efetivo do Dep. Artª. em 31-1-1919 - encontra-se ausente.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 6
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/06/05144


NOME: António MARQUES
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 335
COMPANHIA E UNIDADE: 1ª Companhia, Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 7054
NATURAL DE: Vale de Maceira
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: Joaquim Marques e Úrsula Maria, residentes em Alfeizerão
EMBARQUE: em 20 de Janeiro de 1917
PARTIDA DE FRANÇA: 1 de Março de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Ferido em combate em 12 de Junho de 1917. Colocado na 1ª Bateria do 6º G. M. [Grupo de Metralhadoras] em 4 de Janeiro de 1918. Colocado no na Bateria de Metralhadoras Pesadas [B. M. P.), e na 1ª Companhia com o nº 142 em 31 de Outubro de 1918. Embarcou para Portugal com o B. M. P. em 1 de Março de 1919 no "Goendocio" (?).
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 8
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/08/07054



NOME: António MOTA
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 715
COMPANHIA: 1ª Companhia
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 7125
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: Feliciano Mota (“sobrinho”) e Maria Gageira, residentes em Alfeizerão
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 8 de Julho de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Ferido em combate a 28 de Julho de 1917 por estilhaços de morteiro (não baixou ao hospital).
Foi dado pronto na instrução em Baionetas em granadeiros em 7 de Outubro de 1917. Embarcou para Portugal em 4 de Setembro de 1918.
Aumentado ao efetivo do D. D. 1, onde ficou no Quadro Permanente em 8-2-1919. Passou ao Quadro Permanente do D. D. 1 em 5 de Julho. Embarcou para Portugal a bordo do transporte "North Western" [Northwestern Miller ?] em 5.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 8
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/08/07125


NOME: João Faustino JUSTINIANO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: Corneteiro nº. 201
COMPANHIA: 2.ª Companhia
UNIDADE OU FORMAÇÃO: 4.º Batalhão (Infantaria 7)
PLACA DE IDENTIDADE: 6994
NATURAL DE: Valado de Sta. Quitéria
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: Faustino Justiniano e Maria Augustinha, residentes no Valado de Sta. Quitéria
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
PARTIDA DE FRANÇA: 25 de Fevereiro de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Nada consta até 28 de Fevereiro de 1918. 
Seguiu da Infantaria 7 para a zona avançada a fim de recolher à sua unidade em 22-9-918.
Embarcou para Portugal com a Infantaria 21 em 25-2-919
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM: Arquivo Histórico Militar, BOLETINS INDIVIDUAIS DE MILITARES DO CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 08
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/08/06994

NOME: António ROCHA JÚNIOR
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 712
COMPANHIA: 1º Esquadrão
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Regimento de Cavalaria nº 2
PLACA DE IDENTIDADE: 6391
NATURAL DE: Vale da Cela
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: António Rocha e Joaquina Grilo, residentes em Vale da Cela
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 22 de Março de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Colocado no Depósito de Cavalaria em 1 de Novembro de 1917. Transferido para o Regimento de cavalaria nº 1 em 20 de Janeiro de 1918,  onde ficou com o nº 473 do 2.º Esquadrão.
3 de Abril de 1918 - seguiu para o P. D. (Porto de Desembarque) a fim de gozar de 45 dias de licença de campanha.
Ausente por excesso de licença desde 3-9-1918. Colocado no Depósito de Artilharia C em 14-9-1918
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, caixa nº 7
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/07/06391

NOME: Abel BERNARDINO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: Corneteiro nº 474 da 4ª Companhia
UNIDADE OU FORMAÇÃO: 4º Batalhão, Infantaria 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1190
NATURAL DE: Valado de Santa Quitéria, Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: António Bernardino e Maria Inácia, residentes no Valado de Santa Quitéria
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 22 de Outubro de 1918
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Baixa ao C. S. P. [Hospital Britânico?] em 15 de Julho de 1917, alta em 7 de Setembro, Baixa à Ambulância 1 em 16 Setembro; evacuado para o Hospital de Sangue nº 1 a 17. Alta em 24. Julgado apto para os serviços auxiliares em 13 de Outubro. Colocado nos serviços administrativos do Q. G. C. (Quartel General do Corpo) a 19.
Baixa ao Hospital de Sangue n.º 2 em 20 de Janeiro de 1918. Alta em 22.
Licença de campanha por 53 dias com princípio em 30-10-1918. Colocado nos Serviços Administrativos em 29 de Outubro.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM: Arquivo Histórico Militar, BOLETINS INDIVIDUAIS DE MILITARES DO CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 2A
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02A/01190



NOME: Adelino SEGISMUNDO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 181 da 2.ª Brigada
UNIDADE: Regimento de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1112
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: António Segismundo e Maria Francisca, moradores em Vale de Maceira.
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
MORTE: 2 de Abril de 1919
CAUSA DA MORTE: Broncopneumonia dupla gripal.
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Nada consta até 31 de Dezembro de 1917. Entrou no gozo de 10 dias de licença em 14-3-919. Presente da licença em 23-3-919.
Baixa ao H. S. nº 5 [Hospital de Sangue nº 5] em 26 de Março de 1919. Faleceu no mesmo Hospital pelas 6h.30 m do dia 2 de Abril, victimado por “Broncopneumonia dupla gripal”, sendo sepultado no cemitério civil de Linghem [comuna modesta do Departamento de Pas-de-Calais].
NOTA: trasladado para o Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué (Departamento de Pas-de-Calais, França), onde se pode encontrar a sua sepultura (Talhão C, Fila 11, Coval 16)
IMAGEM DA LÁPIDE: cortesia do projeto Memorial aos Mortos na Grande Guerra
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 02 A
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02A/01112

A lápide de Adelino Segismundo no Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué

NOME: Ramiro CASTELHANO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 547
COMPANHIA: 3.ª Companhia, 1.ª Brigada de Infantaria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1002
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Amália da Silva Santos, residente(s) em Alfeizerão
PAIS: Francisco Castelhano e Gertrudes Picta
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa a 31 de Março de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Nada consta até 31 de Dezembro de 1917. Colocado no B. S. C. F [Batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro]. em 30 de Setembro de 1918, aumentado ao efetivo da 4ª Companhia de Infantaria 14 em 5-3-1919. Abatido ao efetivo do D. D. 1 e aumentado ao efetivo B. S. C. F. em 1 de Outubro de 1918. Abatido ao efetivo do B. S. C. F. e à 1ª Companhia em 3 de Março de 1919, marchando nesta mesma data a apresentar-se no Q. G. 1 [Quartel General da 1ª Divisão] a fim de ali lhe ser dado destino. Embarcou para Portugal com a Infantaria 14, a 28 de Março de 1919 no Helenus.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 02
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02/01002


NOME: José PEDRO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado servente nº 457
COMPANHIA: 3º Grupo de Bateria de Artilharia, 3ª Bateria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Artilharia 8
PLACA DE IDENTIDADE: 5498
NATURAL DE: Casal Pardo, Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: José Pedro e Maria do Rosário, residentes no Casal Pardo
EMBARQUE: 21 de Março de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, em 28 de Outubro de 1918
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Em 29 de Maio de 1918 seguiu para a ambulância inglesa. Seguiu em 31 do mesmo mês para o Hospital Inglês. Presente em 4/6/1918 oriundo da ambulância 4. 30 dias de licença para gozar em ares pátrios em sessão de 25, confirmada em 26/7/1918.
Abatido ao efetivo do 3º G. B. A. tendo passagem ao Depósito Artilharia C. por se encontrar ausente por excesso de licença de campanha em 3 de Setembro de 1918. Embarcou para Portugal em 23-10-1918.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 6
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/06/05498

NOME: José CATARINO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado-ferrador nº 423
COMPANHIA: Regimento de Artilharia nº 2, 4.ª Bateria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: 1º Grupo de Baterias de Morteiros, 2ª Bateria
PLACA DE IDENTIDADE: 4196 A
NATURAL DE: Vale de Maceira
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Maria Rosa Madeira, residente(s) em Vale de Maceira
PAIS: António Catarino e Maria Guilhermina
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
PARTIDA OU DESEMBARQUE: ? (excesso de licença de campanha)
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Licença de campanha por 45 dias com princípio em 18 de Fevereiro de 1918. Destacado no Depósito de Artilharia C em 16 de Setembro nos termos do artº 2º da O. C.  nº 200 de 24-7-1918, onde ficou com o nº 244 da 3ª. Abatido ao efetivo do Depósito de Artilharia C em 31-1-1919. 
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 5
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/05/04196

NOME: José CASEMIRO
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 209
COMPANHIA: 1.º Regimento de Infantaria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1118
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Maria da Conceição, residente(s) no Casal Pardo
PAIS: José Casemiro e Joaquina Leopoldina
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 5 de Março de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Nada consta até 31 de Dezembro de 1917. Colocado na 1ª Companhia, no Batalhão de Infantaria 24 em 7 de Abril de 1918, onde ficou com o nº 692.
Diligência ao Depósito Disciplinar 1, a fim de escoltar presos em 26-1-1919.
Embarcou para Portugal com o Infantaria 24 em 1 de Março de 1919, no “Goentocio”.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 2A
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02A/01118


NOME: Joaquim LOPES
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: 1º Cabo, nº 579
COMPANHIA: 1ª Divisão, 2º Batalhão de Infantaria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 6937
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: Francisco Lopes e Elisa Maria, residentes em Vale de Maceira.
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
PARTIDA DE FRANÇA: 5 DE Julho de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Baixa ao Hospital em 3 de Maio de 1917, alta em 25 de Junho.
Baixou à Ambulância 3 em 25 de Maio de 1919, Alta em 24.
Condecorado com a medalha comemorativa da expedição à França em 24-2-1919.
Repatriado com o D. D. 1 em 5-7-1919.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 8
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/08/06937

NOME: Joaquim CARREIRA
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado nº 180
COMPANHIA: 3.ª Companhia, 1.º Regimento de Infantaria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Batalhão de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1111
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Ricardina Paulino, residente(s) em Fonte Figueira [Casal Fonte Figueira]
PAIS: António Joaquim Carreira e Francisca da Assunção [Assumpção]
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 16 de Fevereiro de 1919
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Ferido em combate em 12 de Junho de 1917. Baixa ao Hospital de Base 1 em 16 de Agosto de 1918, Alta em 22 de Setembro. Colocado no Batalhão de Infantaria 33 em 1 de Novembro. Desmobilizado e repatriado com o Batalhão de Infantaria 15 em 13 de Fevereiro de 1919, a bordo do “Orita”.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL : Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 02/A
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02A/01111


 NOME: José LUÍS
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado, nº 239
COMPANHIA: 2ª Brigada de Infantaria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Regimento de Infantaria nº 7
PLACA DE IDENTIDADE: 1237-A
NATURAL DE: Casal do Amaro, Alfeizerão
ESTADO CIVIL: casado
ESPOSA: Maria da Encarnação
PAIS: Joaquim Luís (falecido) e Maria do Rosário
EMBARQUE: 20 de Janeiro de 1917
MORTE: 21 de Junho de 1917
CAUSA DA MORTE: morto em combate
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Do seu registo disciplinar nada consta. Em Junho de 1917 faleceu na 1.ª linha por virtude de ferimentos produzidos por um estilhaço de morteiro, ferimentos em combate em 21, ficando sepultado no cemitério de Pont du Hem.
NOTA: trasladado para o Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué (Departamento de Pas-de-Calais. França), onde se pode encontrar a sua sepultura (Talhão B, Fila 12, Coval 16)
IMAGEM DA LÁPIDE: cortesia do projeto Memorial aos Mortos na Grande Guerra
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 2A
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/02A/01237

A lápide de José Luís no Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué
NOME: Joaquim CALDIANO DA SILVA
TEATRO DE GUERRA: França
POSTO: soldado condutor nº 403
COMPANHIA: Grupo de Baterias de Artilharia, 1ª Bateria
UNIDADE OU FORMAÇÃO: Regimento de Artilharia nº 2
PLACA DE IDENTIDADE: A 4155
NATURAL DE: Alfeizerão
ESTADO CIVIL: solteiro
PAIS: António da Silva e Maria Gertrudes, residentes em Alfeizerão
EMBARQUE: 19 de Janeiro de 1917
DESEMBARQUE: em Lisboa, a 19 de Julho de 1918
ALGUMAS (DAS) ANOTAÇÕES DO BOLETIM INDIVIDUAL:
Em 1 de Setembro de 1917 passou à Formação do Grupo, ficando com o nº 48. Em Janeiro de 1918, diligência para o 5º Grupo de Baterias de Artilharia; em 10 de Maio, diligência para o 1º. Seguiu para o P. E. [Pelotão de Estafetas] a fim de ser repatriado nos termos da Circular nº 475/11. Embarcou para Portugal no transporte “Pedro Nunes” a 8 de Julho.
LOCALIZAÇÃO FÍSICA DO BOLETIM INDIVIDUAL: Arquivo Histórico Militar, Boletins Individuais de Militares do CEP 1914/1918, Sargentos e Praças, Caixa nº 5
CÓDIGO DE REFERÊNCIA: PT/AHM/DIV/1/35A/2/05/04155


 

sábado, 2 de abril de 2016

I Grande Guerra - os nomes dos nossos soldados em França (distrito e concelho)

Um comentário prévio às listas - as dificuldades

     Portugal travou uma guerra em dois continentes, na Europa (em França, mas também, em certo grau, na Madeira, onde fomos atacados pelos alemães, e nos mares, onde a nossa Marinha travou diversos combates) e em África, na defesa perante as forças germânicas dos nossos territórios coloniais em Angola e Moçambique. E se não estávamos preparados para combater em França, ainda menos preparados partimos para África. As armas inadequadas, as dificuldades do terreno e a(s) doença(s) contribuíram para vários desaires militares que apenas se podem avaliar pelos números: os militares portugueses que morreram em Angola e Moçambique durante a Grande Guerra representam 70% das nossas baixas no conflito bélico, e a percentagem real deverá ser muito maior, uma vez que no final da Guerra, estimava-se em 5.500 o número de soldados portugueses desaparecidos nesse continente (vid. OLIVEIRA, A. N. Ramires de (coordenação), História do Exército Português [1910-1945], volume III, Estado-Maior do Exército, 1993-1996). O norte de Moçambique, sobretudo, foi para os militares portugueses um verdadeiro sorvedouro de vidas humanas.

     Este comentário não é gratuito, porque em termos da nossa noção dos teatros de guerra e das baixas sofridas, a situação é inversa à proporção dos nossos soldados que tombaram na guerra. Temos (felizmente) um conhecimento documentado e razoável das forças que compunham o C.E.P e o C.A.P.I, as duas nossas formações na Europa - sabemos de onde eram originários muitos dos militares, a unidade a que pertenciam, onde combateram e o seu destino. Quando aos nossos expedicionários em África, o conhecimento que temos deles é insuficiente, limitado, omisso; e é nesse campo que são necessários mais estudos e pesquisas; um trabalho já iniciado no contexto do projeto Memorial aos Mortos na Grande Guerra e dos dois principais organismos envolvidos: o Arquivo Histórico Militar e o Arquivo Histórico Ultramarino. Sendo um lugar-comum falar-se, a propósito do centenário da Guerra de 14-18, em resgatar a memória; de certa forma, e dada a espécie de amnésia coletiva que ainda os envolve, os nossos expedicionários em África dão corpo ao simbólico Soldado Desconhecido, anónimo na sua luta e na sua morte.

     Não tendo nós reunido meios para expormos aqui os nomes de todos os soldados da nossa região que serviram em Angola e Moçambique durante a Grande Guerra, encontramos um meio modesto de lhes fazer justiça: no final desta sequência de apontamentos, e servindo-nos do motor de busca do citado projeto Memorial Virtual, vamos apresentar uma relação de todos os soldados da zona que pereceram na Grande Guerra, tanto em França como em África, tendo como critério alargado seis dos doze concelhos da Região Oeste: Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche.

Os militares do Distrito de Leiria na Frente

    As duas primeiras listas aqui indicadas foram elaboradas pelo site Genealogia FB, portal de conteúdos de genealogia, a partir dos resultados do motor de pesquisa do Arquivo Histórico Militar; e aqui reproduzimos por amável cortesia sua. A partir destas listas elaboramos, com o conhecimento e a permissão dos administradores do site, a terceira e a quarta lista deste post que diferenciam os militares do Corpo Expedicionário Português que eram oriundos dos concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha e Nazaré. Note-se que estas listas não são definitivas, mas representam o que se consegue divulgar no estado atual dos nossos conhecimentos, uma vez que existem documentos no dito Arquivo por estudar e processar.

    Nestes ficheiros, o nome do militar contém a hiperligação para o registo sobre ele no Arquivo Histórico Militar, tendo este organismo digitalizado diversos Boletins Individuais desses soldados, o que no quadro se assinala com o xis em Representação Digital. No ficheiro dos Sargentos e praças, a primeira coluna a seguir ao nome especifica a localização física no Arquivo Histórico Militar (caixa) do Boletim Individual.




Terceira e quarta lista: os expedicionários em França naturais de três concelhos vizinhos





Vídeo da Liga dos Combatentes com imagens da Grande Guerra (clicar na imagem)




(próximo apontamento: Os nossos soldados na I Grande Guerra - freguesia de Alfeizerão)

domingo, 27 de março de 2016

I Grande Guerra - um vislumbre do conflito

Algumas notas 

     O Portugal do alvor do século XX, o Portugal da implantação da República e da entrada na Guerra, é um país retalhado por diversas clivagens políticas e sociais, e cuja massa populacional é maioritariamente analfabeta (segundo os resultados do Censo de 1911) e consagrada ao trabalho nos campos, e a emigração cresce de ano para ano.



     A guerra efetiva contra a Alemanha começa, não nos campos da Flandres, mas no continente africano, no rio Rovuma, fronteira norte de Moçambique, e no sul de Angola, iniciada com os ataques alemães de 24 de Agosto de 1914 ao posto moçambicano de Maziua, e de 19 de Outubro de 1914 a Naulila, na fronteira de Angola, e a 30 do mesmo mês, ao forte de Cuangar e aos postos de Sâmbio, Bunja e Dirico, também em Angola. São enviadas de Portugal forças expedicionárias para as duas costas africanas sob as ordens do tenente-coronel Alves Roçadas (para Angola, com 1477 soldados) e do tenente-coronel Massano de Amorim, que contava com 1525 homens, destacamentos mistos de Artilharia de Montanha, Infantaria, Cavalaria e Metralhadoras, destacamentos que foram avaliados como contendo ridículos efectivos (palavras do Tenente-coronel Eduardo Barbosa na Revista Militar, Ano LXXI, n.º 4, Abril de 1919), insuficientes para debelar a ofensiva das forças alemãs nessas zonas de África. Outros contingentes rumarão a África até ao final da guerra até perfazerem em 1918, 89.264 portugueses, somando-se a estes números os 16.278 das ditas praças indígenas (segundo Henrique Manuel GOMES DA CRUZ na sua tese de mestrado em História Contemporânea: Portugal na Grande Guerra: a construção do «mito» de La Lys na imprensa escrita entre 1918 e 1940, FCSH - Universidade Nova de Lisboa, Março de 2014). A mesma Revista Militar, nesse ano de 1919, historia e faz o balanço desse conflito africano de portugueses e ingleses contra os alemães, que se arrastaria até 1918 como a guerra na Europa e se saldaria em cerca de 5.600 mortos e um número dilatado de feridos e desaparecidos. Uma prova eloquente dessas baixas portugueses em África, são dois cadernos do Arquivo da Secretaria Geral do Ministério das Finanças, onde estão listados os nomes dos soldados portugueses mortos na Grande Guerra com o fito de se atribuir uma pensão de sangue aos herdeiros. Ao folhearmos essas páginas com os soldados mortos na Guerra, vemos que no local onde tombaram, a Campanha em África rivaliza com a Campanha em França.


[Leitura complementar: Naulila, de Augusto Casimiro, Seara Nova, Lisboa, 1922]

Militares portugueses a atravessar o rio Rovuma numa jangada
(Revista Militar, Ano LXXI, Números 6 e 7, Junho e Julho de 1919, página 343)

     Todos conhecemos dos livros de História os motivos imediatos da declaração de guerra da Alemanha a Portugal: Portugal requisita os navios alemães estacionados em portos portugueses (Decreto n.º 2.229 de 24 de Fevereiro de 1916), que terá como reacção a Declaração de Guerra da Alemanha a Portugal em 9 de Março de 1916. Mas a entrada de Portugal na Grande Guerra persegue não só objetivos externos, de política internacional, mas também objetivos internos - consolidação do novel regime e superação das profundas divisões políticas sob o pretexto do combate a um inimigo comum. Se a política intervencionista era partilhada pelo Partido Democrático, pelo Partido Socialista e pelos Partido Evolucionista de António José de Almeida, o anti-intervencionismo era defendido pelos monárquicos, unionistas, grande parte do anarco-sindicalismo, e uma facção crescente dentro do próprio Partido Democrático, de onde nascerá o golpe de Sidónio Pais.


     Teixeira de Pascoaes reagiu na Águia contra esse extremo partidarismo da vida política portuguesa: O português ou ama a República ou a Monarquia. Se é republicano é francófilo; se é monárquico é germanófilo, com algumas honrosas exceções. O português é profunda e lastimavelmente partidarista. Trocou os Lusíadas e a Bíblia pelo Século e pela Carta... Não há portugueses. Há políticos. Vale mais para nós o predomínio do nosso partido do que a honra e independência da Pátria. Se a vitória da Alemanha assegurasse as instituições republicanas não haveria um republicano que fosse francófilo. Se a vitória da França restaurasse a Monarquia, entre os monárquicos não haveria um germanófilo. Não há portugueses. Há políticos. A nossa terra é um cenário de acaso, onde se representam egoísmos, falcatruas, misérias... Portugal não existe; existem partidos... (citado por Augusto CASIMIRO (capitão) em Nas trincheiras da Flandres, edição da Renascença Portuguesa, Porto, 1918)


     Movidos pela dupla frente da oposição interna e do xadrez político internacional, os republicanos no poder forçaram a entrada do país na guerra. Escreve Nuno Severiano Teixeira: Fragilidade política do regime, no plano interno, e fragilidade internacional do país, no plano externo: ameaçado pela Alemanha nas colónias; ameaçado pela Espanha, na Península; e consciente da transigência de Inglaterra, a sua fiel aliada e garante da sua soberania, em relação à Alemanha e em relação à Espanha. Situação mais grave e crise mais profunda é difícil de imaginar: não estava só em causa a sobrevivência do regime; mais do que isso, estava em causa a soberania do Estado. A decisão da intervenção de Portugal na guerra europeia faz-se, pois, segundo uma estratégia intervencionista, isto é, uma estratégia diplomática que forçou, deliberadamente, a entrada em guerra. Uma estratégia que, aproveitando uma conjuntura internacional favorável, obrigou a Inglaterra, contra a sua própria vontade e quiçá contra o seu próprio interesse, a aceitar a entrada de Portugal na Grande Guerra (Teixeira, Nuno Severiano, PORTUGAL E A GRANDE GUERRA: ENTRE A MEMÓRIA DO PASSADO E OS DESAFIOS DO FUTURO, comunicação feita no colóquio Portugal e a I Guerra Mundial (1914-1918) realizado na Sala do Senado da Assembleia da República em Lisboa, a 7 de Outubro de 2014).


     O discurso "oficial" difundia a ideia de que a entrada na guerra no ano de 1916 se destinava a proteger as nossas colónias em África, onde lutávamos contra os alemães desde 1914. Mas mesmo na época essa explicação não era aceite sem reservas. Escreve nas suas memórias o alferes António Joaquim Henriques: Justo é dizer que Portugal foi para esta guerra sem preparação moral e que muitos não viam explicação suficiente para nela tomarmos parte, a começar pelos partidos políticos (...) Antes de marcharem houve até casos em Santarém e Figueira da Foz nos regimentos de infantaria que ali se encontravam aquartelados, que eram respectivamente os nº 34 e nº 28, que deram origem ao castigo de alguns oficiais e sargentos. E não se podia dizer que foi por cobardia que estes graduados tiveram tal atitude. Era apenas por entenderem que a nossa intervenção não tinha razão de ser em França, mas em África, nem para ela estávamos preparados (in  Revista Militar, edição 2561/2562).


    À declaração de guerra da Alemanha, segue-se a atabalhoada mobilização, e a preparação das tropas (sobretudo em Tancos) com vista ao envio do primeiro contingente para França. O discurso oficial falará do "milagre de Tancos" (na Ilustração Portuguesa e no Diário de Notícias), mas era notório que as tropas saíram de Portugal mal preparadas. É o que nos contam as Impressões do capitão Menezes Ferreira: Depois de ter suportado as soalheiras de "Paulôna", esse inolvidável acampamento de Tancos, besuntado ligeiramente de um treino guerreiro muito rudimentar - ora vai hoje, ora vai amanhã - lá foi chamado enfim para o embarque naquele áspero Inverno de 1917! Quantas hesitações. quanto comodismo, quantas contrariedades a vencer! E o pior de tudo era que os compromissos tinham sido tomados em nome da nação [Capitão Menezes FERREIRA (texto e desenhos), João Ninguém, soldado da Grande Guerra, composto e impresso nas Oficinas dos Serviços Gráficos do Exército em 1921] .


Dos campos para os quartéis
(Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 528, 3 de Abril de 1916)
Infantaria 7 (de Leiria) - Exercícios de tiro na charneca da Chamusca (Ilustração Portugueza, idem)


Manobras da artilharia em Tancos (Portugal na Guerra - revista quinzenal ilustrada, n.º 2, Paris, 15 de Junho de 1917)

     A 1.ª Brigada do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) parte do cais de Alcântara a 26 de Janeiro de 1917 a bordo de três vapores britânicos, sob o comando do general Gomes da Costa; e desembarcam em Brest. 

     ...foi curta a demora na cidade. Apenas o tempo de se encher os cantis e de atulhar os bornais com as rações de corned-beef, foram nessa mesma noite amontoados como sardinha em canastra pelo míseros «vagons J» (40 homens e 8 cavalos) onde "João Ninguém", meio aturdido e desconfiado, demonstra a evidência com o seu ar bisonho e o seu negro olhar, onde transparece o sentimentalismo lamuriento de uma raça de contemplativos (...) E assim, posto o comboio em andamento, afogadas as mágoas na aguardente da ração, já meio conformados e embrulhados no fatalismo que lhe vem da sua raça. lá se deixam conduzir, os soldados portugueses, para muito longe da sua terra, não sabendo bem para onde, e muitos deles talvez para nunca mais voltar (capitão Menezes Ferreira, op. cit.).



Embarque do Corpo Expedicionário Português
(fotografia de Joshua Benoliel)
(Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 582, 16 de Abril de 1917 - capa)


(Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 578, 19 de Março de 1917)

      Tomam o caminho do sul da Flandres, onde integraram as linhas britânicas segundo os termos da Convenção Luso-Britânica. A viagem para França será assinalada pelos primeiros incidentes disciplinares (e consequente punição) entre as tropas portuguesas, primeiros sintomas de um mal-estar e um desagrado no seio dos militares (praças e oficiais) que as duras condições da frente (o frio, a fome e os bombardeamentos e raids) irão agravar progressivamente. Os Boletins Individuais dos militares, guardados no Arquivo Histórico Militar, fazem transparecer esse ambiente, e estão pontuados nas Observações por punições disciplinares por desobediência ou altercações, e licenças gozadas para além do termo concedido.

     Jaime Cortesão, nas suas Memórias, explica o posicionamento no terreno das nossas forças: Estende-se a gente portuguesa por uma faixa do país mais ou menos limitável dentro de um grande triângulo isósceles. O vértice, que entesta com a nossa linha de batalha, longa de alguns quilómetros (12, com a entrada da 2.ª divisão, medeia entre Armentières, ao norte, e Bethune, ao sul; e a base, larga de 60 quilómetros, é a própria costa marítima, banhada do Mar da Mancha. Fecham-no duas linhas que, do vértice, vão terminar, uma em Calais, ao norte, outra em Etaples, a sul (...) São primeiro as tropas de infantaria ocupando as trincheiras e os apoios desde Fleurbaix a Festubert, passando pela Rur de Bois, Fanquissart, Neuve-Chapelle, Ferme du Bois. Segue-se-lhe logo a artilharia de campanha, e depois os quartéis de Brigada e as ambulãncias da frente, estes últimos gozando já um princípio de conforto. Vem depois, por Lestrem e Lagorgue os quartéis generais de Divisão com as suas muitas e variadas secções: Estado Maior, comandos de engenharia e artilharia, chefia dos serviços de saúdem serviços administrativos, serviços postais, etc, etc. (...) Logo após algumas escolas, oficinas e depósitos distribuídos por localidades de somenos importância. Agora Merville com o seu hospital de sangue n.º 1. Depois Saint-Venant, quartel-general do C.E.P., com a aristocracia dos galões. 

(Cortesão. Jaime, Memórias da Grande Guerra (1916-1919) edição da Renascença Portuguesa, Porto, 1919)

     O C.E.P. em França, e tendo como modelo a estrutura do exército inglês, ficou organizado em duas Divisões, cada uma delas comportando três Brigadas com quatro Batalhões de Infantaria. Quase todos os soldados do distrito de Leiria compunham inicialmente o Batalhão de Infantaria n.º 7, da 2.ª Brigada da 1.ª Divisão. O Infantaria 7 foi um dos três Batalhões envolvidos em motins das tropas portuguesas ocorridos em 4 de Abril de 1918 em Ferme du Bois. As outras unidades envolvidas foram o Batalhão de Infantaria 24 de Aveiro e o Batalhão de Infantaria 23, de Coimbra


     As condições de vida na frente, o desgaste do inferno das trincheiras, pode ser visto através das palavras de Jaime Cortesão ou Augusto Casimiro, Menezes Ferreira ou António Joaquim Henriques. Narra o primeiro:

     Um sistema de fossos rasga o chão até à altura de um homem e sucede-se em três linhas paralelas, ziguezagueando e entreunindo-se até aos parapeitos sobre a "terra-de-ninguém". Nestes fossos abriram-se lateralmente algumas cavernas, espécie de silos escuros para vegetar. As granadas e a chuva, aqui e ali revolvem, abrem, obstroem encharcam em lama e água. Todavia, nesses fossos e cavernas, sujos e viscosos, alguns homens habitam. 

     Tudo ali é lodo e miséria. A esperança da vida assenta apenas sobre o acaso. E a inquietação devora o peito nas horas lentas. 
     Estes homens, que vivem de um modo nunca visto, ganharam com o tempo uma fisionomia especial, tanto mais acusada, quanto mais próxima do inimigo. Era inevitável (...) A imobilidade e frescura especial do rosto, que dão a mocidade e a vida calma, secaram, murcharam inteiramente. 
     Há crianças com caras de velhos.
     A esta transformação dos rostos, corresponde uma outra mais profunda nas almas (...) Moços de 20 anos possuem a sabedoria de séculos.
     Quando se anda pela primeira linha, surdem a espaços, dos buracos do chão, rastejando e erguendo-se a custo, ou circulando nos traveses, uns espetros lamacentos.
     Às vezes esses fantasmas mostram os dentes num riso sinistro e olham com certos olhos implacáveis, como quem doutro planeta com mais aguda vista considerasse as baixezas e os erros dos humanos.
    No seu conjunto esta faixa estreita das trincheiras assemelha-se na hierarquia do risco ao conjunto do sector. Todos os que habitam fossos e cavernas vivem ao pé da morte, no meio das balas e granadas, que são cegas. Mas os oficiais do estado maior do batalhão, incluindo os médicos e o comandante, são nas horas mais calmas, os menos expostos aos perigos. Igual sorte, a de todos os subalternos que os acompanham. Seguem-se todos os homens dos comandos da companhia. Chegam na escala máxima do risco e da miséria os pelotões, desde o alferes ao soldado.
(Jaime Cortesão, op. cit,).

Portugal na Guerra - revista quinzenal ilustrada, n.º 5, Paris, Outubro de 1917
Foto de Arnaldo Garcês (Portugal na Guerra - revista quinzenal ilustrada, n.º 5, Paris, Outubro de 1917)
Portugal na Guerra - revista quinzenal ilustrada, n.º 5, Paris, Outubro de 1917

     Com a chegada de Sidónio Pais ao poder, cessa o envio de novos contingentes de tropas para França, por vontade do caudilho (que alguns reputavam de germanófilo), mas também pela inexistência de transportes, uma vez que os vasos britânicos estavam agora dedicados ao transporte de tropas norte-americanas para o velho continente. No sector português os soldados não são rendidos por novas tropas, e subsistiam em condições físicas e psicológicas deploráveis, permanecendo nas trincheiras durante cinco meses a fio (capitão Augusto CASIMIRO, Nas trincheiras da Flandres, edição da Renascença Portuguesa, Porto, 1918). Disso se apercebem os britânicos, que organizam a sua retirada da frente de batalha e a sua substituição por batalhões ingleses. Nesse interim, e com todo o peso de uma monstruosa ironia, dá-se o desastre de La Lys.


     A 4 de Abril, o chefe militar da Alemanha, o general Erich von Rudendorff, com as suas forças reforçadas pelas tropas que trouxera da frente oriental depois dos soviéticos assinarem o Tratado de Brest-Litovksi, inicia uma nova ofensiva no Somme, que suspende no dia seguinte ante a sua incapacidade de conquistar Amiens perante a tenacidade dos Aliados. Uma nova estratégia ofensiva se impunha, e os alemães preparam-na rapidamente, cunhando-a com o nome de código de Operação Georgette.

     No dia 8 de Abril, às 20 horas, o Quartel-General português anuncia aos batalhões portugueses que no dia seguinte iriam ser rendidos por tropas inglesas e abandonariam por completo a linha da frente, notícia confirmada duas horas mais tarde ante a incredulidade dos militares esgotados - Os batalhões estão cansados, exaustos. As rendições sucessivas dos últimos dias, as promessas, as esperanças, as desilusões de um descanso que não chega, a visão próxima dos horrores de Março, o desprezo a que Portugal parece ter votado os seus homens, a ausência de reforços, o sofrimento e a saudade, trazem o moral das unidades diminuído e leso. Os efetivos andam reduzidíssimos. A nova rendição, apesar de inesperada, traz, pois, um alívio (Augusto Casimiro, id.). 

     Na noite de 8 para 9 de Abril, às 4.15. os alemães começam o bombardeamento, intenso e ininterrupto, toneladas de granadas de gás chovem sobre Armentières e o setor português - Gases...gases...E as casas tombam num desabar que prolonga explosões. Homens correm pelas passadeiras, ao longo dos canais que cercam as fermes. Outros esperam, brancos...E a tormenta redobra, tombam os muros e os telhados, caem, num massacre, os altos troncos que a névoa reveste...A terra estremece, agita-se e, num delírio horrível, deforma-se...Sob a névoa há horrores que a névoa mal esconde...Às 5 h. o Batalhão encontra-se isolado completamente (Augusto Casimiro, ibid.). Quatro Divisões alemãs sob as ordens do general von Quast atacam a Divisão portuguesa, conseguem romper a linha das trincheiras e atacam pelos flancos e pela retaguarda, anulando as bolsas de resistência, o heroísmo desesperado de vários militares é registado, preservado, nas memórias do poeta Augusto Casimiro. A batalha estava perdida - Tudo perdido, menos a honra! Cercados! E agora? Os oficiais teem lágrimas nos olhos. A guarnição desequipa-se. Rende-se. «Na frente e nos flancos da trincheira vencida os uniformes feld-grün amontoavam-se no chão». E os prisioneiros, dolorosos, desfilaram entre os mortos sem conta, altivos e senhores de si.

     No dia 9 de Abril, Jaime Cortesão já não se encontrava na primeira linha, convalescia no hospital de Saint-Venant dos efeitos do gás-mostarda que o torturavam desde 22 de Março. Às 10 da manhã dizem-lhe que os alemães haviam rompido as linhas portuguesas e adentravam-se pelo território. O hospital enche-se de feridos, de gente mutilada, de gaseados em convulsões. Conta-lhe um: Depois, ao vir da manhã, atacaram. Atacaram em massa, às ondas, sempre em ondas, numa catadupa de homens. Só muito perto os vimos surgir do nevoeiro espesso da manhã. De nós, os que ficamos, raros intactos, resistimos até à última. Houve cargas de baionetas, uma fúria! Tu sabes: a coisa que mais detesto são os falsos heróis. Mas ninguém, ninguém faria mais! E tu conheces como estávamos cansados...A seguir, abateram ou manietaram tudo à força de número. Vi junto de mim, ali ao pé, oficiais alemães, pistola em punho, atirando sobre os poucos que tentavam salvar-se. Eu próprio estive envolvido. Atirei sobre um. Resisti. Furtei-me. O nevoeiro, o fumo da pólvora, a poeira levantada no ar eram tão densos, que pude escapar com duas ordenanças. Todo o meu terror era cair prisioneiro. Antes morrer, morrer mil vezes!

     As detonações, e os alemães, aproximam-se de Saint-Venant, e os portugueses são evacuados. Cortesão e alguns camaradas, debilitados como ele, recuam, a pé, como podem, e conseguem chegar a Ambleteuse, em cujo hospital ficam a recuperar.

     A Batalha de La Lys é o cerrar do pano para o C.E.P. Os dados estatísticos são impressionantes: 398 mortos, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 6585 prisioneiros (os números divergem). Depois dessa data ainda há militares portugueses a combater em França, mas de uma forma quase espontânea, autónoma, reorganizam-se, juntam-se aos Aliados e perseguem a vitória final. Jaime Cortesão dá notícia de alguns desses grupos de soldados que lutam à revelia do Estado português, que não os vê com bons olhos, ele próprio, quando regressa, ainda convalescente, é olhado com suspeição e preso por razões políticas.



Reconstituição  cartográfica da Batalha de La Lys
(Ilustração Portuguesa, edição semanal do jornal O Século, n.º 790. de 9 de Abril de 1921)

     Quando a guerra termina, a 11 de Novembro de 1918, os alemães ainda têm em seu poder 6767 prisioneiros portugueses que são libertados; 233 haviam já morrido em cativeiro. A forma como haviam sido tratados era, e continua a ser, de alguma forma, um tema delicado, incómodo, suprimido (como o desaire da Batalha de La Lys). Ainda que já existam publicados relatos, e cartas de prisioneiros portugueses, e se tenham realizado estudos sobre eles, como a oportuna tese de Maria José Monteiro de Oliveira.


[Leituras complementares:

Carlos OLAVO, Jornal d'um prisioneiro de guerra na Alemanha, Guimarães e C.ª Editores, Lisboa, 1919.
Tese de Maria José Monteiro de OLIVEIRA, Deste triste viver - Memórias dos prisioneiros de guerra portugueses na primeira Guerra Mundial, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Setembro de 2011]


Prisioneiros portugueses em Karlsruhe
(Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 647, 15 de Julho de 1918)

Os nossos prisioneiros
 (Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 650, 5 de agosto de 1918)

Os nossos prisioneiros
 (Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 650, 5 de agosto de 1918)
O desembarque dos prisioneiros portugueses repatriados pelo Northwestern Miller
(Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 676, 3 de Fevereiro de 1919)
O desembarque dos prisioneiros portugueses repatriados pelo cruzador inglês Helenus
 (Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 677, 10 de Fevereiro de 1919)

Cemitério na Rue de Bois, onde repousa grande número de portugueses
 (Ilustração Portugueza, Edição semanal do jornal O SÉCULO, II Série, n.º 646, 8 de Julho de 1918)
O glorioso sono... (gravura de Menezes Ferreira)

Uma nota sobre as fontes:

- Os dados estatísticos sobre a Grande Guerra e a Batalha de La Lys baseiam-se na tese de mestrado em História Contemporânea, já referida, de Henrique Manuel Gomes da Cruz: Portugal na Grande Guerra: a construção do «mito» de La Lys na imprensa escrita entre 1918 e 1940, FCSH - Universidade Nova de Lisboa, Março de 2014. Outras estatísticas distintas podem ser encontradas nos trabalhos de Nuno Severiano Teixeira ou Maria José Monteiro de Oliveira.

- As narrativas primárias sobre a Grande Guerra (Cortesão, Augusto Casimiro, Menezes Ferreira,  António Joaquim Henriques) podem ser acedidas através da hiperligação contida no título. Estamos conscientes de que são descrições subjetivas, pessoais e literárias, do conflito, com todas as limitações e imperfeições que possam conter. Mas assumimos o risco. São experiências pessoais, escritas ou vividas debaixo de fogo, mais autênticas (julgo) do que algumas "leituras" modernas do que se passou e sofreu na Front.

- A Ilustração Portuguesa e o Portugal na Guerra podem ser acedidas através da Hemeroteca Digital da Câmara Municipal de Lisboa, onde se podem consultar outros títulos da época, como O Século, A Capital, ou a República.