quarta-feira, 27 de abril de 2016

Breve notícia sobre Frei Pedro Amado de Alfeizerão, monge, calígrafo e iluminador no mosteiro de Alcobaça

A informação de Sousa Viterbo

     Escreve o historiador e jornalista Francisco Marques de SOUSA VITERBO no seu ensaio Calígrafos e Iluminadores Portugueses - Ensaio histórico-bibliográfico (in O Instituto : jornal scientifico e litterario. - Volume LXIII (1916), p. 403-411, p. 451-458, p. 549-556, p. 563-574):

     De todos os conventos de Portugal aquele todavia que mais se dedicou à feitura e coleção de códices foi indubitavelmente o mosteiro de Alcobaça, da ordem de S. Bernardo, fundação de D. Afonso Henriques. A sua livraria manuscrita era afamada e continha verdadeiras preciosidades. Apesar de defraudada, escapou ao vandalismo que atacou todos os conventos na época da guerra civil e acha-se hoje incorporada na Biblioteca Nacional de Lisboa. Em 1775 publicou-se o Index Codicum Bibliothecae Alcobatie (...) Quase todos os manuscritos de Alcobaça, com exceção de poucos, são cópias, traduções. ou originais escritos pelos próprios monges. Apenas existe um Códice, em gótico, que, pelos seus caracteres, se reconhece anterior à fundação do convento. Os restantes são escritos em letra francesa e provam o estado de perfeição a que chegou a arte caligráfica naquela casa.

     Na página 453 do ensaio, Sousa Viterbo menciona o autor do Códice LI, Fr. Pedro Amado de Alfeizerão, paleograficamente atribuído ao século XII (!?):



O Índice dos Códices da Biblioteca de Alcobaça

     O Índice referido por Sousa Viterbo (Index Codicum Bibliothecae Alcobatie...) foi publicado em Lisboa no ano de 1775 (ed. da Tipografia Régia); não ostenta o nome do autor ou autores, mas é consensual que foi elaborado por instrução do Abade D. Manuel de Mendonça.

     Na página 42 encontramos a descrição em latim do Códice LI de Frei Pedro Amado (saeculi XII):


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