quarta-feira, 23 de março de 2022

Notícias de uma guerra quase esquecida

 [Nota: Este texto é um trecho de um apontamento mais vasto, divulgado com o título: Uma paróquia no século XVII: O testemunho do padre António de Moura Ferrão, vigário da freguesia de N. Sra. da Vitória de Famalicão, aldeia do (actual) concelho da Nazaré]


Detalhe da "Carta da fronteira entre o Alentejo e a Estremadura espanhola
de João Teixeira Albernaz, 1646 (BNP, C.C. 254 A.)

Notícias de uma guerra quase esquecida

            A Restauração da independência de Portugal em 1640 foi uma conquista histórica que se teve que defender e sustentar numa longa guerra com Espanha que se prolongará até 1668, ano em que se firma a paz entre os dois países e o reconhecimento da independência de Portugal pela dinastia dos Habsburgos espanhóis. Logo no ano de 1641 se organiza a defesa do país com as Companhias de ordenanças e Terços auxiliares e, verificando-se que o Alentejo era a área geográfica mais vulnerável à invasão espanhola e ao avanço sobre Lisboa, D. João IV ordena que para acudirem à defesa dessa fronteira e das suas praças fortificadas ("presídios") fossem dedicadas os Terços de Auxiliares de «toda a Provincia da Estremadura e parte da da Beyra» (Menezes, 1679:201-202). Nesses 28 anos de guerra podemos destacar no contexto deste estudo dois eventos militares proeminentes. Entre Julho e Outubro de 1658 o governador do Alentejo, Mendes de Vasconcelos reuniu em Elvas um exército de 17.000 soldados portugueses e tenta a conquista da cidade de Badajoz, o ambicioso projecto sai gorado e em quatro meses de cerco da cidade o exército perde 6.200 homens, mortos em combate ou pela peste ou simplesmente fugidos ¹. Depois dos portugueses levantaram o cerco, os espanhóis sob o comando de D. Luís de Haro tentam a conquista de Elvas e cercam a cidade durante três meses, mas acabam derrotados na Batalha das Linhas de Elvas a 14 de Janeiro do ano seguinte (Menezes, 1698:200-201), na cidade de Elvas o cerco causou a morte de centenas de pessoas pela fome e pela peste (eram, diz o cronista, mais soldados que mantimentos e já não havia onde enterrar tantos mortos - id. p. 141). Terminada a Guerra da Restauração, a guerra voltaria à faixa raiana no contexto da Guerra de Sucessão de Espanha (1665-1715), período durante o qual os exércitos de Filipe V de Espanha entraram no Alentejo e ocuparam diversas praças portuguesas, como Portalegre e Castelo de Vide no ano de 1704, assistindo-se durante mais dois anos aos episódios de batalhas e escaramuças em território alentejano entre as forças militares dos dois reinos (Serrão, 1982:226).

            Com os efectivos de Auxiliares da Estremadura a serem encaminhados para a defesa da fronteira do Alentejo, esta guerra com as suas centenas de mortos é perceptível nas fontes primárias da História local. Indicaremos os registos associados a ela na freguesia de Famalicão, antes de acrescentarmos a esses registos os que lhes são idênticos nas freguesias confinantes da Pederneira e Alfeizerão; não incluímos os registos paroquiais de S. Martinho do Porto porque não encontramos nenhum assento que estivesse relacionado com este tema, nem os da freguesia da Cela porque a data extrema inicial dos livros de assentos de óbito que nos chegaram da freguesia é o ano de 1739. A ausência na freguesia de S. Martinho do Porto de óbitos nas guerras da fronteira parece dever-se apenas à boa fortuna de não terem ocorrido; ao falar de Alfeizerão no seu Dicionário Geográfico, obra publicada em 1747 (Cardoso, 1747:278), o padre Luís Cardoso diz que não se fazem soldados nessa terra para as praças do Alentejo por acudirem os seus Auxiliares ao forte de S. Martinho do Porto quando havia sinal de rebate e o mesmo deveria suceder nesta vila e freguesia; mas essa isenção foi tardia para o  quadro cronológico das guerras de fronteira porque nas suas respostas aos quesitos do Inquérito de 1758, o padre-cura Manuel José Marcelino da paróquia de S. Martinho do Porto (Cf. Doc. 6, f. 461, resposta n.º 22) diz que o privilégio de não se fazerem soldados na vila de S. Martinho se devia a um despacho do Marquês de Marialva, publicado uns seis anos antes (um pouco mais, atendendo à informação do padre Luís Cardoso, de finais da década anterior).

Figura 6: A fronteira do Alentejo, parte do mapa "Limites de Portugal" de Brás Pereira (1642) ²

 

            Em Famalicão, freguesia de Nossa Senhora da Vitória, são seis os registos paroquiais que importa referir:

 

<Fronteiras. João do Cazal da Nuna>

Aos outo dias do mes de Setembro de 1658 fis hum ofiçio pella alma de João, filho de Domingos Fernandes do Cazal da Nuna e de Antonia Fernandes, soldado que deos levou na fronteira de Elvas e augmentei os quatro domingos do mes, seu pai e mai satisfizerão com a esmola de fevereiro de 659. O Vigr.o Antonio de Moura Ferrão.

[Cf. Doc. 1, f. 12r]

 

Faleçeo Domingos Dias da Cerra da Pescaria, marido de Maria Luis Peneda, nas partes do Alentejo de doença que deus lhe deu, fizerãoce por sua alma tres ofiçios nesta igreja e se augmentarão os quatro domingos do mes, ao que tudo satisfes sua mulher, fizerãocelhe os ofiçios ao dezouto e dezanove dias de agosto de mil e seis centos e sincoenta e nove, e por verdade fis este asento para lembrança, dia, mes, era asima dicto. O Vigr.o Antonio de Moura Ferrão.       

[Cf. Doc. 1, f. 17r]

 

<Panois, Manuel, filho de Francisco Alveres>

No mesmo tempo asima declarado [19 de Agosto de 1659] fis hum ofiçio e augmentei os quatro dominguos do mes pella [alma] de Manuel, filho de Francisco Alveres deste lugar, soldado que deus levou em Elvas, por não ter bens de sua ligitima para mais e por verdade fis este que asinei, dia, mes e era asima declarado. O Vigr.o Antonio de Moura Ferrão.    

[Cf. Doc. 1, f. 17r]

 

<Fronteira de Elvas, Antonio, filho de Antonio Lampreão do Casal do Bom Nome>

No anno de seis centos e sesenta e dous fis hum ofiçio e augmentei o mes pella alma de Antonio Mendiz, filho de Antonio Martinz Lampreão do casal de bom nome, herdado de sua mai por não aver legitima para mais, que faleçeo na cidade de Elvas sendo nella soldado e por verdade fis este asento para a todo o tempo constar, oje, 11 de maio de 662. O Vigr.o Antonio de Moura Ferrão.

[Cf. Doc. 1, f. 22v]

 

Em os vinte e hum dias do mes de Outubro de mil e sete sentos e sinco annos fis hum ofísio pela Alma de Manoel Luis dos Raposos, filho de Manoel Luis, o qual disem que faleseo nas guerras e para que conste fis este assento. O Cura Antonio de Oliveira. 

[Cf. Doc. 2, f.34r]

 

Em os vinte e tres dias do mes de fevereiro de mil e sete sentos e sete annos fis tres ofísios nesta igreja de Nosa Senhora da Victoria do lugar de Famalicam pela alma de Domingos Francisco, marido que foi de Maria Rodrigues Pequicha, moradora em Famalicam de Baixo, por ser absente [estar ausente] á dezouto annos e aver novas que era morto no Alentejo, lhe fis os tres ofísios e por verdade me assinei, oje, dia, mes, era ut supra. Antonio de Oliveira.          

[Cf. Doc. 2, 36v]

 

            Os Panoins (Panões) do assento de óbito de Manuel, filho de Francisco Álvares, é um elemento toponímico que ainda persiste na aldeia de Famalicão três séculos e meio depois e indica a Rua dos Panões que, na povoação actual liga à Rua das Flores que margina o alçado poente da igreja. No registo de óbito de António Dinis, o Zagalho, menciona-se expressamente a "Rua dos Panoins deste lugar de Famalicão" (Cf. Doc. 1, f. 78r). O topónimo pode ter-se originado eventualmente numa manufactura local de panos de lã - o Zagalho, alcunha deste António Dinis, tem como raiz "zagal", pastor, e nos registos paroquiais encontramos outra alcunha significativa de um residente nos Panões: Francisco Jorge Panoeiro (Cf. Doc. 1, f. 77v). Para os séculos XV/XVI possuímos esta indicação que de uma forma limitada fundamenta esta suposição: «Um pequeno núcleo de produção de tecidos de lã, sobretudo, de burel, ganhou alguma expressão na região de Alcobaça, justificada pela existência de numerosos coutos ligados à Abadia» (Garcia, 1986:328, apud: Costa, 2009:158) 


            Na freguesia de Nossa Senhora das Areias da Pederneira, recolhemos três assentos paroquiais:

 

Aos 30 dias do mes de Outubro faleceo Rodrigo Lopez, digo, veio recado a sua molher, moradora nesta villa em como o dito seu marido era morto na fronteira do Alentejo em o dito dia e mes ut supra desta era de 1658. [rubricado:] Lopez.   

[Cf. Doc. 3, f. 125r]

 

Aos dois dias de Agosto da ditta Era [1685] chegou nova em como o Mudo de Fanhais [sicera falecido na parte do Alentejo e para que conste fis este asento oje, dia, era ut supra. O Vigario João de Souto Velho.

 [Cf. Doc. 4, f. 2v]

 

Vindo da fronteira Domingos Bernardes do lugar do Vallado, faleceo em o Bispado de Portalegre, fis este assento para constar em todo o tempo em 28 de dezembro de 1663. Lopez.     

[Cf. Doc. 3, f. 143r]

 

            Por fim, na freguesia de S. João Baptista de Alfeizerão, recolhemos os seguintes:

 

Em os outo dias do mes de Fevereiro de mil e seis sentos e noventa e hum annos, fiz dois, digo, hum ofísio pela Alma de Manoel, filho de Siman Lopes desta villa, por aver novas sertas que falesera no Alimtejo  e para que conste fis este asento. Feci dicto die ut supra. Antonio de Oliveira.           

[Cf. Doc. 5, n.º fl. ilegível]

 

A sete de Julho de mil e sete sentos e dois annos, fiz dois ofisios pela Alma de Manoel de Oliveira, filho de Sebastiam de Oliveira e de Iria Jorge, moradores nesta villa, o qual faleseo no Alentejo e para que conste fiz este assento. O pe. Antonio de Oliveira.     

[Cf. Doc. 5, f. 49r]

 

Em os quatro dias do mês de Fevereiro de mil e sete sentos e seis anos, fiz hum ofiçio pela alma de Raymundo, filho de Manoel Simoins, do Vallado, e de Maria Madeira desta freguesia, o qual faleçeo no hospital de Campo Maior; por me constar por seus companheiros que o viram  morrer sendo soldado e para que conste o sobre ditto fiz este assento. O Cura Antonio do Couto.    

[Cf. Doc. 5, f. 54]

 

Em os vinte e sete dias do mes de Março de mil e sete sentos e seis annos, em esta Igreja de São João Batista da villa de Alfizirão, fis tres ofisios pella Alma de Joseph, filho de Francisco Mendes e de Ignes Luis, já defuntos, moradores que forão no lugar da Macalhona desta freguesia, o qual faleceo no Hospital de Estremoz, e para que conste o sobreditto fis este assento. O Cura Antonio do Couto.  

[Cf. Doc. 5, f. 54v]



¹ «Os soldados mortos e feridos nas occasioens erão muytos, os de doenças infinitos, e não menos os fugidos» (Menezes, 1698:117)

² DUARTE DE ARMAS (ca 1465) PEREIRA, Brás (1642) - Fronteira de Portugal Fortificada pellos Reys deste Reyno. tiradas estas fortalezas no tempo del Rey Dom Manoel / copiadas por Brás Pereira, manuscrito - BNP, PURL 24908  



FONTES:

Documentos:

Doc. 1 - ADLRA, IV/36/D/36, Registos de óbito da freguesia de Famalicão: 1649-1684 - PT/ADLRA/PRQ/PNZR01/003/0002

Doc. 2 - ADLRA, IV/36/D/37, Registos de óbito da freguesia de Famalicão: 1684-1731 - PT/ADLRA/PRQ/PNZR01/003/0003

Doc. 3 - ADLRA, IV/36/D/56, Registos de baptismo e óbito da freguesia de Pederneira da Nazaré: 1657-1664 - PT/ADLRA/PRQ/PNZR02/003/0002

Doc. 4 - ADLRA, IV/37/A/25, Registos de baptismo e óbito da freguesia de Pederneira da Nazaré: 1685-1712- PT/ADLRA/PRQ/PNZR02/003/0003

Doc. 5 - ADLRA, IV/24/C/11, Registos de óbito da freguesia de Alfeizerão: 1666-1747 - PT/ADLRA/PRQ/PACB02/003/0002

Doc. 6 - A.N.T.T., Memórias paroquiais, vol. 22, nº 71 - PT/TT/MPRQ/22/71


Bibliografia:

CARDOSO, Luís (1747) - Diccionario geografico, ou noticia historica de todas as cidades, villas, lugares, e aldeas, rios, ribeiras, e serras dos Reynos de Portugal, e Algarve, com todas as cousas raras, que nelles se encontraõ, assim antigas, como modernas, Lisboa : na Regia Officina Sylviana, e da Academia Real, Tomo I.

COSTA, Manuela Pinto da (2009) - “Tecidos e têxteis portugueses do século XVII ao século XVIII”, in Actas do IV Congresso Histórico de Guimarães, Guimarães.

MENEZES, Dom Luís de (1698) - Historia de Portugal Restaurado - Tomo I, Lisboa, na Oficina de João Galrão, 1679 / Tomo II, Lisboa : na Oficina de Miguel Deslandes.

SERRÃO, Joaquim Veríssimo (Dir. de) (1982) - História de Portugal [1640-1750], Vol. 5, Lisboa : Editorial Verbo

sexta-feira, 11 de março de 2022

Revisitar uma imagem gótica: a Virgem com o Menino (século XIV)

Em palavras:

                Em 1966, no decurso das obras na igreja de Alfeizerão apareceram enterradas duas imagens de calcáreo no solo da igreja, a do Arcanjo S. Miguel  e uma Virgem com o Menino. Avisado pelo padre Borges, aí acorreu o incansável Borges Garcia que as estudou detidamente, divulgando depois a sua análise num trabalho publicado em 1970: "Descoberta e estudo de imagens religiosas em S. Gião, Famalicão da Nazaré e Alfeizerão (Estremadura)" (in "Actas das I Jornadas Arqueológicas", Lisboa, 1969, Vol. II).

                Nesta breve anotação, vamos regressar a essa publicação de Eduíno Borges Garcia, mais particularmente, ao que escreveu sobre a imagem da Virgem com o Menino (op. cit., p. 9-11). Atendendo às caraterísticas da imagem, Borges Garcia atribuiu-a - com toda razão, cremos nós - à escola escultórica de Coimbra, mais propriamente à oficina de Mestre Pêro de Coimbra (século XIV). O que propomos aqui é apenas cotejar esta imagem da Virgem com pormenores de outras imagens atribuídas à mesma escola para enfatizar algumas afinidades.

                Mestre Pêro de Coimbra é uma figura de grande importância na evolução da escultura medieval no nosso país, supõe-se que tenha nascido em Aragão ou na Catalunha, e também de Aragão era a Rainha Santa Isabel que patrocinou o trabalho do escultor e a quem incumbiu de esculpir o seu túmulo, hoje estante no Mosteiro de Santa Clara a Nova. Outra das suas obras marcantes, foi o túmulo com jacente de Dom Gonçalo Pereira, Arcebispo da diocese de Braga, na Sé da mesma cidade; os anjos esculpidos nesse túmulo, cabeceira e pés da imagem do Arcebispo, são como um cânone no imaginário de Mestre Pêro.

                Sobre a imagem da Virgem com o Menino da igreja de Alfeizerão, podemos ensaiar um esquisso de descrição:

                A Virgem de pé e frontal olha em frente e segura no colo, sobre o braço esquerdo o Menino, que fixa atentamente a mãe. A Virgem apresenta um rosto de perfil ovalar de feições suaves e olhos amendoados e a boca com os lábios unidos, o rosto é emoldurado por cabelos cingidos por um véu seguro por uma pequena coroa no alto, enverga uma túnica abotoada e presa no ventre por um cinto de couro com a ponta pendente, a túnica desce sobre as pernas em pregas oblíquas em U aberto, e sobre ela tem um manto comprido lançado sobre os ombros e fechado sobre o peito por um firmal ou alfinete quadrilobado liso, o manto, agrupado sobre o antebraço direito estrutura-se em pregas escalonadas e bem definidas; a mão direita da Virgem segura flores azuis e amarelas com os seus dedos cilindricos e alongados, a mão esquerda, curvada em sentido oposto à que mal-segura as flores, abre ligeiramente os dedos alongados para segurar com firmeza os joelhos do Menino. O Menino, de tronco desnudado, tem a parte inferior do corpo enrolado num pequeno lençol e segura com ambas as mãos a pomba do Espírito Santo, possui os cabelos em linhas sinuosas e o rosto arredondado, as maçãs do rosto cheias, os lábios de comissuras encurvadas para baixo, quase em ricto de choro quando visto de frente, olhos e sobrancelhas descaídos. Estamos perante um conjunto escultórico tenuamente dinãmico com ligeiro torsão do corpo para a esquerda e o pé calçado desse lado a assomar sob as vestes, efeito acentuado pelo drapejamento das roupas e pela suave inclinação da cabeça da Virgem para o lado oposto. A policromia original anda é nítida, sobretudo no manto (azul), na túnica (vermelha) e nos pormenores em preto do cinto e do sapato.

                Sobre a arte da Escola de Mestre Pêro e a Virgem com o Menino encontrada em Alfeizerão, a filiação parece clara, os traços-chave encontram-se lá, outros pormenores mais heterodoxos, como o rosto mais arredondado da Virgem ou o cabelo do Menino por exemplo, podem dever-se à particular execução de um dado escultor ou conjunto de escultores da sua oficina e subscrevemos a conclusão de Borges Garcia: «se este bela imagem não é da autoria de Mestre Pêro, será indubitavelmente da sua Escola».

 

Em imagens:

- A Virgem com o Menino, de Alfeizerão



- As flores  na mão direita: em Alfeizerão (em cima) e, em baixo, duas imagens da Virgem com o Menino: da Igreja Matriz de Oliveira do Hospital e do Museu Machado de Castro em Coimbra




- A cabeça do Menino nesta imagem e a cabeça de dois dos anjos do túmulo de Dom Gonçalo Pereira na Sé de Braga




- A pomba do Espírito Santo nas mãos do Menino: a segunda imagem é de uma Virgem com o Menino do Museu Nacional de Arte Antiga.


- O firmal quadrilobado que prende o manto: a primeira imagem inferior é da mesma imagem do Museu Nacional de Arte Antiga e a segunda é uma imagem da Anunciação que se atribui a Mestre Pêro e que se encontra na Catedral de Santiago de Compostela